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quarta-feira, 1 de maio de 2013

As ondas deslizam suaves
pela calma da tarde.
Deslizam
pela areia
numa simbiose de ansiedade
e de prazer . . .
Pela ternura da tarde com maré cheia
de encantos . . .
de sonhos . . .
de lazer . . .

Na esquina do mundo encontrei um sonho
que na praia
passeia . . .
e rebola . . .
e murmura . . .
e teima em viver!

Quis fugir!
Entreguei-me numa onda
como um grão de areia preso nos pés.

A onda abraçou-me,
e levou-me . . .
e deslizou . . .
e murmurou . . .
e deixou-me
na praia outra vez!

A onda
Depois foi-se embora.
E tornou a vir . . .
e tornou a ir . . .
num vai-vem constante
e terno
num beijar doce
como o sol de inverno!

E eu
fico na praia.
Quieta . 
Serena . 
Já sei que as ondas não dão volta ao mundo.
Não se vão embora.
Todas vêm e ficam . . .
nenhuma vai.
Todas vêm morrer
em êxtase
sobra a areia .

Todas alimentam este sonho
que me não sai da ideia!